APARECIDA DE SALES

( Brasil – São Paulo )

Poetisa paulista, natural de Taubaté, SP, onde reside.
foi premiada no Concurso Escritores do Ano 2000 e participou das antologias “Hoje em Prosas e Versos e Mulheres”, em Prosa e Verso, vol. I – (Hoje Edição Ltda) e Letras Contemporâneas -Prosa & Verso, vol. 9 (Igaçaba – Produções Culturais.  

A NATUREZA CHORA

Calor! Muito calor!
Calor no planeta azul.
Calor nas almas.
Almas ardentes
De desejo de paz e amor.
A vida caminha escassa
De sonhos realizados.
Caminha por caminhos dúbios...    
Árvores secas,
Plantadas em solos moribundos
Pela ganância humanas.
A raça humana,
Que deseja paz,
Mas planta a guerra.
Deseja o amor,
Mas planta o ódio.
O sol, fonte de vida,
Exalando a morte.
Os rios, secos de água pura,
São filetes de sangue vermelho dor.
A vida humana
Chora pelo próprio desvario.
A natureza chora a devastação.
Tudo é nada
Para a ganância humana.
Nada é tudo para a vida.
Para a sua preservação.


NO SILÊNCIO

Quanto nossos olhares já se cruzaram.
      Em silêncio.
Já vivemos venturas

Sem par.
Nesse silêncio
Já tocamos a alma.
Nesse silêncio
Dissemos palavras de paz;
De cumplicidade.
Quantos sonhos já sonhamos,
Nesse silêncio. Em silêncio.

Em silêncio
Explodimos os nossos sentimentos
Em silêncio,
Nesse silêncio
Gritaremos as emoções.
Em silêncio,
Seremos a extensão
Da eternidade
Muito além da eternidade!
No silêncio...

*
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